Prazer, sou Tatiana Queiroz, psicóloga clínica há mais de 13 anos, especialista na abordagem da Gestalt-terapia e Terapia Sistêmica.

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Minha clínica sempre acompanhou minha vida. Casei-me muito jovem, aos 20 anos. Como a maioria das mulheres, o casamento era algo central na minha vida. Eram muitos sonhos, expectativas e idealizações baseadas no amor romântico.

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Já na faculdade, decidi, então, me aprofundar na teoria sistêmica e começar meus estudos no campo dos relacionamentos. Foram anos atendendo casais e famílias com filhos pequenos.

Paralelo à clínica, eu vivia meus dilemas existenciais, religiosos e conjugais. Quando terminei minha pós-graduação em Gestalt-terapia, decidi que era hora de ser mãe.

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A maternidade foi um divisor de águas na minha vida. Eu não sabia mais quem eu era. Começou, então, um processo de reconstrução de identidade que também passou pela minha clínica. Fui estudar psicologia perinatal e os impactos da maternidade para a mulher e para os casais. Foram mais de 4 anos trabalhando com essa temática; escrevi um capítulo de um livro; cheguei a dar aulas sobre o assunto em pós-graduação para psicólogos, palestras e cursos.

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Em meio a tudo isso, minha vida pessoal desmoronava. Eu arrastava um casamento disfuncional por anos, assim como uma vida religiosa que, há muito tempo, não funcionava para mim.

Agora, sendo mãe da Lara, eu queria ser melhor; eu me preocupava com o que eu estaria ensinando para ela, caso continuasse a levar uma vida da forma que eu levava. Eu realmente queria ser feliz, ser coerente.

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Precisei romper com quase tudo o que eu conhecia para ser eu mesma e ter uma vida mais autêntica. À medida que fui trilhando o caminho de volta para mim, refazendo minha vida, minha clínica também foi sendo reconstruída. Fui estudar gênero, psicologia feminista e entender como essas questões impactam nossa forma de viver o amor.

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Hoje, 98% da minha clínica são mulheres que buscam uma reconexão consigo mesmas, uma vida mais autêntica. Muitas delas querem viver seus relacionamentos de forma mais saudável e equilibrada, enquanto outras desejam desenvolver segurança para sair de um relacionamento ruim ou mesmo se reconstruir após uma dolorosa separação.

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Ah! Como se diz por aí, eu acho mesmo que “eu fiz de um limão uma limonada”.